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Same Migrant Community expande sua atuação e chega a três novos países

  • Foto do escritor: Native Scientist
    Native Scientist
  • 20 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 25 de jun.

Oficinas em português reforçam a identidade cultural e a inclusão científica na Áustria, Espanha e Luxemburgo


Continuando a missão de promover equidade e inclusão no acesso à ciência, a Native Scientists expandiu o programa Same Migrant Community (SMC) para três novos países. Pela primeira vez, crianças migrantes lusófonas na Áustria, em Espanha e no Luxemburgo participaram em oficinas conduzidas na sua língua materna. Tiveram a oportunidade de participar em actividades científicas dinamizadas por cientistas que partilharam o seu conhecimento académico, bem como a língua e a cultura de herança das crianças participantes.


As sessões seguiram um formato interativo chamado “Tapas Científicas”, que permite às crianças explorar várias áreas do conhecimento através de diferentes estações, cada uma oferecendo uma experiência única. Temas como a estrutura do ADN, inteligência artificial, microbiologia e outros ramos das ciências naturais foram apresentados por pessoas cientistas lusófonas a viver nestes países.


As oficinas do programa SMC também contam com a presença ativa de pais e encarregados de educação, reforçando o sentido de comunidade e demonstrando que o conhecimento científico pode e deve ser inclusivo e acessível a todos.


A jornada pelos três novos países começou em Pamplona, Espanha, no dia 16 de dezembro de 2024, com duas oficinas realizadas nas escolas Jesuitinas e Esclavas del Sagrado Corazón. Estas sessões foram coordenadas por Sofia Teixeira, da Native Scientists, e financiadas pelo Instituto Camões, com o apoio da Professora Daniela Teles, envolvendo cerca de 50 alunos e alunas do 5.º e 6.º anos inscritas no programa de língua e cultura portuguesas.


Para Sofia, coordenadora da oficina: “Foi emocionante ver o entusiasmo das crianças ao descobrirem o mundo da ciência - muitas delas encontraram uma pessoa cientista pela primeira vez. Essa ligação à sua identidade cultural tornou tudo ainda mais especial, e é isso que queremos levar a muitos outros lugares.”


No Luxemburgo, realizaram-se quatro oficinas em três datas diferentes: uma em Esch-sur-Alzette a 2 de abril, duas a 17 de maio e uma em Ettelbruck a 14 de junho. Reforçando a importância das línguas de herança nos contextos educativo e científico, estas oficinas foram coordenados por Inês Crisóstomos e Catarina Andrade da Native Scientists, e financiados pelo Instituto Camões, com promoção local das professoras Susana Mota, Sónia Morais, e do professor António Figueiredo.


“Foi mágico ver os olhos deles brilhar ao descobrirem algo novo” recorda Inês. Num país pequeno como o Luxemburgo, onde cerca de 15% da população é de origem portuguesa e onde a língua faz parte do quotidiano, a iniciativa evidencia a necessidade contínua de criar espaços que valorizem a ciência em línguas de herança.


A encerrar o programa, a Áustria acolheu a sua primeira oficina a 5 de junho, em Viena. A iniciativa foi financiada pela Sociedade de Biologia Experimental e coordenada por Andreia Rocha, da Native Scientists, e pela professora Daniella Ringhofer. Segundo Andreia, a oficina foi um sucesso e recebeu feedback muito positivo das crianças.“Há muitos cientistas interessados, e acredito que o contacto das crianças com estas áreas diversas pode ser extremamente enriquecedor. Espero que possamos realizar mais oficinas no futuro” afirma.


Através destas atividades, o programa SMC reafirma o seu compromisso em construir pontes entre ciência, cultura e identidade. Ao promover a educação científica em línguas de herança, a Native Scientists tem impactado positivamente a vida de crianças migrantes por toda a Europa há mais de 10 anos - uma conquista notável que garante que cada vez mais crianças tenham acesso a oficinas científicas.


 
 
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