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Caixa Geral de Depósitos atribui Prémio Caixa Social 2025 à Native Scientists

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    Native Scientist
  • há 16 horas
  • 4 min de leitura

O prémio reconhece o impacto da organização na promoção da literacia científica e na redução das desigualdades educativas em Portugal. Através de um conceito inovador de Educação Circular e Capital Científico, o programa prioriza as zonas rurais de Portugal, garantindo que as crianças destas regiões conheçam um cientista da sua terra natal.


A Native Scientists foi galardoada com o Prémio Caixa Social 2025 pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), em reconhecimento do seu programa educativo Cientista Regressa à Escola (CRE) - uma iniciativa que incentiva os cientistas a regressarem às suas antigas escolas primárias, inspirando crianças e comunidades vulneráveis ​​em Portugal. 


A cerimónia de entrega dos prémios decorreu a 27 de outubro na Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest, em Lisboa e a receber o prémio da Native Scientists estiveram presentes Sara Michels, Responsável de Impacto e de Investigação e Catarina Miranda, Responsável de Comunicação Estratégica. Das 286 candidaturas recebidas, foram selecionadas 44 de 3 categorias diferentes: 21 projetos de inclusão social e solidariedade, 17 de formação e capacitação e 6 projetos de prevenção de cuidados de saúde. As candidaturas foram avaliadas por um Júri independente, composto por personalidades de reconhecido mérito e comprovada experiência nestas áreas de intervenção: Filipe Almeida (Presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social); Filipe Santos (Diretor da Universidade Católica); Isabel Mota (ex-Presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian); Maria Marín (Administradora Não Executiva da CGD) e presidido por António Farinha Morais, Presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos.


Com este reconhecimento da CGD, na categoria “Projetos de formação e capacitação”, a Native Scientists vai reforçar a presença do programa em duas das regiões do país com menor acesso à ciência - os arquipélagos da Madeira e dos Açores. A iniciativa visa chegar a cerca de 450 crianças em 11 municípios (um em cada ilha do arquipélago) e envolver 11 pessoas cientistas voluntárias que regressam às suas antigas escolas primárias. 


“O Prémio Caixa Social permitir-nos-á consolidar o trabalho que iniciámos no ano passado, quando chegámos pela primeira vez a todas as ilhas de Portugal. Continuaremos a inspirar crianças em todos os cantos do país, do Corvo ao Porto Santo, promovendo igualdade de oportunidades e mostrando que a ciência pode, e deve, ser para todos”, afirmou Beatriz Amado, Gestora de Financiamento e Coordenadora do Programa Native Scientists.


Este reconhecimento consolida a Native Scientists como uma referência na promoção de uma educação científica inclusiva e transformadora, dando continuidade ao seu compromisso de “tornar a ciência uma possibilidade para todas as crianças”.


“Se eu quiser, posso ser cientista”


De forma a humanizar a ciência e as pessoas cientistas em zonas onde há uma menor exposição aos mesmos e quebrar estereótipos, este programa visa ainda melhorar competências, impulsionando a literacia científica e desenvolvendo a curiosidade e pensamento crítico das crianças. O regresso de cientistas à sua terra natal estimula também conversas em torno da ciência em toda a comunidade, juntando docentes, autarquias, meios de comunicação locais e famílias, e diminuindo a distância entre a ciência e a sociedade.


O programa CRE também impacta as próprias pessoas cientistas, que recebem formação em Comunicação de Ciência e contribuem para a educação das futuras gerações;  professoras e professores são desafiados a repensar as aulas com um teor mais prático, através do acesso a novos recursos; as autarquias que acompanham as oficinas e estabelecem relações com cientistas que estudaram na mesma escola; e as famílias das crianças que são envolvidas na ciência através das atividades pré-oficinas. 


O programa CRE tem cinco momentos importantes: atividade pré-oficina (preparação); dia da oficina com a pessoa cientista; atividade pós-oficina (consolidação de aprendizagens); preenchimento de uma caderneta interativa; e uma cerimónia de entrega de prémios. 


O trabalho da Native baseia-se no conceito de Capital Científico, desenvolvido por Louise Archer no King’s College London, que defende que as crianças devem criar ligações pessoais fortes com a ciência - promovendo uma imagem mais humanizada da ciência e dos cientistas.


O programa também se baseia no conceito inovador de Educação Circular, que promove a ideia de retribuir algo à comunidade. A aplicação deste conceito através da educação científica permite chegar a escolas onde as crianças têm menor acesso à ciência (e, por isso, níveis mais baixos de literacia científica), bem como menos oportunidades de enriquecimento extracurricular em ciência, ajudando a transformar ciclos viciosos em ciclos virtuosos ao conectar crianças e cientistas que partilham contextos socioculturais semelhantes.


Sobre a Native Scientists


Fundada em 2013, a Native Scientists é uma organização pan-europeia, sem fins lucrativos, premiada internacionalmente, que cria pontes entre crianças e cientistas em comunidades desservidas. Existe para ampliar os horizontes das crianças através de programas educativos de ciência, promovendo a literacia científica e a redução das desigualdades.


Sobre o Prémio Caixa Social 2025


O Prémio Caixa Social é uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos com o propósito de financiar projetos sociais promovidos por entidades do terceiro setor em Portugal. O lema desta edição gira em torno de “Dar prioridade a quem mais necessita”, e o objetivo é apoiar iniciativas que visem responder a necessidades sociais reais, especialmente em comunidades vulneráveis.

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